segunda-feira, 30 de julho de 2007

SERÁ QUE TEREMOS ELEIÇÃO NO SINERGIA?

SERÁ QUE TEREMOS ELEIÇÃO NO SINERGIA?

Esta é a pergunta que não quer calar e a toda hora os eletricitários comentam uns com os outros e questionam os membros da CHAPA 2: VAI TER OU NÃO VAI TER NOVA ELEIÇÃO?

Infelizmente a eleição não alcançou o quorum e a Chapa 1 não admite a realidade e desrespeita o nosso estatuto, se fosse só isso, o que ocorreu é que foi tanta irregularidade desde adulteração das listas de votação, até votação de defuntos, tudo isso registrado nas atas sem que fosse considerado pela mesa apuradora e pela comissão eleitoral.

A CHAPA 2 não poderia se calar e deixar que os eletricitários fossem mais uma vez enganados, ludibriados e até garfados nas suas aspirações por moralização, seriedade e compromisso que representa uma chapa nascida no seio dos trabalhadores. Por este motivo em nome da decência, da moralidade é que ingressamos na justiça para fazer valer os direitos dos Eletricitários.

Como um processo judicial demanda tempo é necessário que todos nós estejamos preparados para defender os interesses do conjunto dos trabalhadores nos manifestando contra a farsa desta eleição que teve um resultado imoral, imposto por uma comissão eleitoral que não nos representa e que agiu o tempo todo sem independência, comprometida com o que há de mais sórdido no movimento sindical que é o peleguismo aliado ao continuísmo.

Temos a certeza que os trabalhadores sairão mais uma vez vencedores desta batalha, a exemplo da nossa luta para expulsar o Pelegão Topázio da Diretoria do Sinergia, também expulsaremos os neo-pelegos. Avante Companheiros, não baixem a cabeça para os politiqueiros que estão querendo se perpetuar dentro do nosso Sindicato e que se aliam ao patrão para tramarem na calada da noite contra os trabalhadores apoiando o fim do CPD, a extinção dos Centros de Operação da Coelba, as punições de diversos Companheiros da Chesf, não defendem a periculosidade para Operadores de Sistema e não dão apoio aos Chesfianos de Paulo Afonso nas negociações das casas do acampamento Chesf.

Chapa 2 - SINERGIA DE TODOS NÓS


A INVENÇÃO DA CRISE - Marilena Chauí

A invenção da crise
Marilena Chauí

Era o fim da tarde. Estava num hotel-fazenda com meus netos e resolvemos ver jogos do PAN-2007. Liguei a televisão e “caí” num canal que exibia um incêndio de imensas proporções enquanto a voz de um locutor dizia: “o governo matou 200 pessoas!”. Fiquei estarrecida e minha primeira reação foi típica de sul-americana dos anos 1960: “Meu Deus! É como o La Moneda e Allende! Lula deve estar cercado no Palácio do Planalto, há um golpe de Estado e já houve 200 mortes! Que vamos fazer?”. Mas enquanto meu pensamento tomava essa direção, a imagem na tela mudou. Apareceu um locutor que bradava: “Mais um crime do apagão aéreo! O avião da TAM não tinha condições para pousar em Congonhas porque a pista não está pronta e porque não há espaço para manobra! Mais um crime do governo!”. Só então compreendi que se tratava de um acidente aéreo e que o locutor responsabilizava o governo pelo acontecimento.
Fiquei ainda mais perplexa: como o locutor sabia qual a causa do acidente, se esta só é conhecida depois da abertura da caixa preta do avião? Enquanto me fazia esta pergunta e angustiada desejava saber o que havia ocorrido, pensando no desespero dos passageiros e de suas famílias, o locutor, por algum motivo, mudou a locução: surgiram expressões como “parece que”, “pode ser que”, “quando se souber o que aconteceu”. E eu me disse: mas se é assim, como ele pôde dizer, há alguns segundos, que o governo cometeu o crime de assassinar 200 pessoas?
Mudei de canal. E a situação se repetia em todos os canais: primeiro, a afirmação peremptória de que se tratava de mais um episódio da crise do apagão aéreo; a seguir, que se tratava de mais uma calamidade produzida pelo governo Lula; em seguida, que não se sabia se a causa do acidente havia sido a pista molhada ou uma falha do avião. Pessoas eram entrevistadas para dizer (of course) o que sentiam. Autoridades de todo tipo eram trazidas à tela para explicar porque Lula era responsável pelo acidente. ETC.
Mas de todo o aparato espetacular de exploração da tragédia e de absoluto silêncio sobre a empresa aérea, que conta em seu passivo com mais de 10 acidentes entre 1996 e 2007 (incluindo o que matou o próprio dono da empresa!), o que me deixou paralisada foi o instante inicial do “noticiário”, quando vi a primeira imagem e ouvi a primeira fala, isto é, a presença da guerra civil e do golpe de Estado. A desaparição da imagem do incêndio e a mudança das falas nos dias seguintes não alteraram minha primeira impressão: a grande mídia foi montando, primeiro, um cenário de guerra e, depois, de golpe de Estado. E, em certos casos, a atitude chega ao ridículo, estabelecendo relações entre o acidente da TAM, o governo Lula, Marx, Lênin e Stálin, mais o Muro de Berlim!!!

1) Que papel desempenhou a mídia brasileira – especialmente a televisão – na “crise aérea” ?
Meu relato já lhe dá uma idéia do que penso. O que mais impressiona é a velocidade com que a mídia determinou as causas do acidente, apontou responsáveis e definiu soluções urgentes e drásticas!
Mas acho que vale a pena lembrar o essencial: desde o governo FHC, há o projeto de privatizar a INFRAERO e o acidente da GOL, mais a atitude compreensível de auto-proteção assumida pelos controladores aéreos foi o estopim para iniciar uma campanha focalizando a incompetência governamental, de maneira a transformar numa verdade de fato e de direito a necessidade da privatização. É disso que se trata no plano dos interesses econômicos.
No plano político, a invenção da crise aérea simplesmente é mais um episódio do fato da mídia e certos setores oposicionistas não admitirem a legitimidade da reeleição de Lula, vista como ofensa pessoal à competência técnica e política da auto-denominada elite brasileira. É bom a gente não esquecer de uma afirmação paradigmática da mídia e desses setores oposicionistas no dia seguinte às eleições: “o povo votou contra a opinião pública”. Eu acho essa afirmação o mais perfeito auto-retrato da mídia brasileira!

Do ponto de vista da operação midiática propriamente dita, é interessante observar que a mídia:
a) não dá às greves dos funcionários do INSS a mesma relevância que recebem as ações dos controladores aéreos, embora os efeitos sobre as vidas humanas sejam muito mais graves no primeiro caso do que no segundo. Mas pobre trabalhador nasceu para sofrer e morrer, não é? Já a classe média e a elite... bem, é diferente, não? A dedicação quase religiosa da mídia com os atrasos de aviões chega a ser comovente...

b) noticiou o acidente da TAM dando explicações como se fossem favas contadas sobre as causas do acontecimento antes que qualquer informação segura pudesse ser transmitida à população. Primeiro, atribuiu o acidente à pista de Congonhas e à Infraero; depois aos excessos da malha aérea, responsabilizando a ANAC; em seguida, depois de haver deixado bem marcada a responsabilidade do governo, levantou suspeitas sobre o piloto (novato, desconhecia o AIRBUS, errou na velocidade de pouso, etc.); passou como gato sobre brasas acerca da responsabilidade da TAM; fez afirmações sobre a extensão da pista principal de Congonhas como insuficiente, deixando de lado, por exemplo, que a de Santos Dumont e Pampulha são menos extensas;

c) estabeleceu ligações entre o acidente da GOL e o da TAM e de ambos com a posição dos controladores aéreos, da ANAC e da INFRAERO, levando a população a identificar fatos diferentes e sem ligação entre si, criando o sentimento de pânico, insegurança, cólera e indignação contra o governo Lula. Esses sentimentos foram aumentados com a foto de Marco Aurélio Garcia e a repetição descontextualizada de frases de Guido Mântega, Marta Suplicy e Lula;

d) definiu uma cronologia para a crise aérea dando-lhe um começo no acidente da GOL, quando se sabe que há mais de 15 anos o setor aéreo vem tendo problemas variados; em suma, produziu uma cronologia que faz coincidir os problemas do setor e o governo Lula;
e) vem deixando em silêncio a péssima atuação da TAM, que conta em seu passivo com mais de 10 acidentes, desde 1996, três deles ocorridos em Congonhas e um deles em Paris – e não dá para dizer que as condições áreas da França são inadequadas! A supervisão dos aparelhos é feita em menos de 15 minutos; defeitos são considerados sem gravidade e a decolagem autorizada, resultando em retornos quase imediatos ao ponto de partida; os pilotos voam mais tempo do que o recomendado; a rotatividade da mão de obra é intensa; a carga excede o peso permitido (consta que o AIRBUS acidentado estava com excesso de combustível por haver enchido os tanques acima do recomendado porque o combustível é mais barato em Porto Alegre!); etc.

f) não dá (e sobretudo não deu nos primeiros dias) nenhuma atenção ao fato de que Congonhas, entre 1986 e 1994, só fazia ponte-aérea e, sem mais essa nem aquela, desde 1995 passou a fazer até operações internacionais. Por que será? Que aconteceu a partir de 1995?

g) não dá (e sobretudo não deu nos primeiros dias) nenhuma atenção ao fato de que, desde os anos 1980, a exploração imobiliária (ou o eterno poder das construtoras) verticalizou gigantesca e criminosamente Moema, Indianópolis, Campo Belo e Jabaquara. Quando Erundina foi prefeita, lembro-me da grande quantidade de edifícios projetados para esses bairros e cuja construção foi proibida ou embargada, mas que subiram aos céus sem problema a partir de 1993. Por que? Qual a responsabilidade da Prefeitura e da Câmara Municipal?
2) Como a sra. avalia a reação do Governo Lula à atuação da mídia nesse episódio ?

Fraca e decepcionante, como no caso do mensalão. Demorou para se manifestar. Quando o fez, se colocou na defensiva.
O que teria sido politicamente eficaz e adequado?
Já na primeira hora, entrar em rede nacional de rádio e televisão e expor à população o ocorrido, as providências tomadas e a necessidade de aguardar informações seguras.
Todos os dias, no chamado “horário nobre”, entrar em rede nacional de rádio e televisão, expondo as ações do dia não só no tocante ao acidente, mas também com relação às questões aéreas nacionais, além de apresentar novos fatos e novas informações, desmentindo informações incorretas e alertando a população sobre isso.
Mobilizar os parlamentares e o PT para uma ação nacional de informação, esclarecimento e refutação imediata de notícias incorretas.

3) Em “Leituras da Crise”, a sra. discute a tentativa do impeachment do Presidente na chamada “crise do mensalão”. Há sra. vê sinais de uma nova tentativa de impeachment ?
Sim. Como eu disse acima, a mídia e setores da oposição política ainda estão inconformados com a reeleição de Lula e farão durante o segundo mandato o que fizeram durante o primeiro, isto é, a tentativa contínua de um golpe de Estado. Tentaram desestabilizar o governo usando como arma as ações da Polícia Federal e do Ministério Público e, depois, com o caso Renan (aliás, o governador Requião foi o único que teve a presença de espírito e a coragem política para indagar porque não houve uma CPI contra o presidente FHC, cuja história privada, durante a presidência, se assemelhou muito à de Renan Calheiros). Como nenhuma das duas tentativas funcionou, esperou-se que a “crise aérea” fizesse o serviço. Como isso não vai acontecer, vamos ver qual vai ser a próxima tentativa, pois isso vai ser assim durante quatro anos.
4) No fim de “Simulacro e Poder” a sra. diz: “... essa ideologia opera com a figura do especialista. Os meios de comunicação não só se alimentam dessa figura, mas não cessam de instituí-la como sujeito da comunicação ...Ideologicamente ... o poder da comunicação de massa não é igual ou semelhante ao da antiga ideologia burguesa, que realizava uma inculcação de valores e idéias. Dizendo-nos o que devemos pensar, sentir, falar e fazer, (a comunicação de massa) afirma que nada sabemos e seu poder se realiza como intimidação social e cultural... O que torna possível essa intimidação e a eficácia da operação dos especialistas ... é ... a presença cotidiana ... em todas as esferas da nossa existência ... essa capacidade é a competência suprema, a forma máxima de poder: o de criar realidade. Esse poder é ainda maior (igualando-se ao divino) quando, graças a instrumentos técnico-cientificos, essa realidade é virtual ou a virtualidade é real...” Qual a relação entre esse trecho de “Simulacro e Poder” e o que se passa hoje ?
Antes de me referir à questão do virtual, gostaria de enfatizar a figura do especialista competente, isto é, daquele é supostamente portador de um saber que os demais não possuem e que lhe dá o direito e o poder de mandar, comandar, impor suas idéias e valores e dirigir as consciências e ações dos demais. Como vivemos na chamada “sociedade do conhecimento”, isto é, uma sociedade na qual a ciência e a técnica se tornaram forças produtivas do capital e na qual a posse de conhecimentos ou de informações determina a quantidade e extensão de poder, o especialista tem um poder de intimidação social porque aparece como aquele que possui o conhecimento verdadeiro, enquanto os demais são ignorantes e incompetentes. Do ponto de vista da democracia, essa situação exige o trabalho incessante dos movimentos sociais e populares para afirmar sua competência social e política, reivindicar e defender direitos que assegurem sua validade como cidadãos e como seres humanos, que não podem ser invalidados pela ideologia da competência tecno-científica. E é essa suposta competência que aparece com toda força na produção do virtual.
Em “Simulacro e poder” em me refiro ao virtual produzido pelos novos meios tecnológicos de informação e comunicação, que substituem o espaço e o tempo reais – isto é, da percepção, da vivência individual e coletiva, da geografia e da história – por um espaço e um tempo reduzidos a um única dimensão; o espaço virtual só possui a dimensão do “aqui” (não há o distante e o próximo, o invisível, a diferença) e o tempo virtual só possui a dimensão do “agora” (não há o antes e o depois, o passado e o futuro, o escoamento e o fluxo temporais). Ora, as experiências de espaço e tempo são determinantes de noções como identidade e alteridade, subjetividade e objetividade, causalidade, necessidade, liberdade, finalidade, acaso, contingência, desejo, virtude, vício, etc. Isso significa que as categorias de que dispomos para pensar o mundo deixam de ser operantes quando passamos para o plano do virtual e este substitui a realidade por algo outro, ou uma “realidade” outra, produzida exclusivamente por meios tecnológicos. Como se trata da produção de uma “realidade”, trata-se de um ato de criação, que outrora as religiões atribuíam ao divino e a filosofia atribuía à natureza. Os meios de informação e comunicação julgam ter tomado o lugar dos deuses e da natureza e por isso são onipotentes – ou melhor, acreditam-se onipotentes. Penso que a mídia absorve esse aspecto metafísico das novas tecnologias, o transforma em ideologia e se coloca a si mesma como poder criador de realidade: o mundo é o que está na tela da televisão, do computador ou do celular. A “crise aérea” a partir da encenação espetacularizada da tragédia do acidente do avião da TAM é um caso exemplar de criação de “realidade”.
Mas essa onipotência da mídia tem sido contestada socialmente, politicamente e artisticamente: o que se passa hoje no Iraque, a revolta dos jovens franceses de origem africana e oriental, o fracasso do golpe contra Chavez, na Venezuela, a “crise do mensalão” e a “crise aérea”, no Brasil, um livro como “O apanhador de pipas” ou um filme como “Filhos da Esperança” são bons exemplos da contestação dessa onipotência midiática fundada na tecnologia do virtual.

ARAGUAIA - MASSACRE DA DITADURA.

Ato relembra massacre da ditadura contra líderes do PCdoB
No dia 16 de dezembro de 1976, João Batista Franco Drummond, Ângelo Arroyo e Pedro Pomar morreram durante ação dos militares na Lapa. Em ato em São Paulo, familiares de mortos e desaparecidos cobram punição dos responsáveis.
Bia Barbosa* – Carta Maior
Data: 27/12/2006
SÃO PAULO – João Batista Franco Drummond tinha 34 anos. Ângelo Arroyo, militante operário da greve dos 300 mil de 1953 e comandante da guerrilha do Araguaia, 48. Pedro Pomar, que já havia enfrentado a repressão do Estado Novo, 63. Em 1976, os três foram vítimas de uma das ações mais violentas da ditadura militar. Após uma reunião do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a repressão prendeu e torturou por diversos dias várias lideranças do partido, entre elas, Aldo Arantes, Haroldo Lima, Elza Monnerat, Joaquim Celso de Lima e Wladimir Pomar. João Batista Drummond não resistiu aos espancamentos que sofreu nas dependências do DOI-Codi. Morreu. Na manhã do dia seguinte, o exército invadiu a casa na Rua Pio XI, 767, onde havia acontecido a reunião, e assassinou Ângelo Arroyo e Pedro Pomar. A versão oficial dos fatos disse que ambos haviam resistido à prisão e morrido num tiroteio, mas não havia armas na casa. Pomar recebeu cerca de 50 tiros.

Um ano antes, a ditadura praticamente havia exterminado os movimentos revolucionários. Em 1975, morrem o jornalista Wladimir Herzog e o operário Manoel Fiel Filho, e o general Dilermando Monteiro assume o comando do II Exército com a promessa de que a tortura acabaria. Em teoria, começava aí a abertura “lenta e gradual”. A ação que exterminou duas das maiores lideranças do PCdoB, no entanto, mostrou o quanto a violência da ditadura ainda estava viva. Naquele ano, o partido, um dos principais responsáveis pela Guerrilha do Araguaia, era a única organização clandestina que ainda se mantinha organizada.

É essa a história contada em detalhes no livro “Massacre na Lapa”, de Pedro Estevam da Rocha Pomar – neto do dirigente morto em 76 –, cuja terceira edição foi lançada na última semana em São Paulo. Um ato público realizado no Sindicato dos Jornalistas marcou os 30 anos do crime e cobrou a punição dos responsáveis.

“Fui um dos que participou da reunião. No dia 15 à noite, fui preso e torturado no DOI-Codi. Depois, me transferiram para o Rio. Lá passamos cerca de dez dias. Mas ao todo fiquei isolado 37 dias. Só depois que quebraram a minha incomunicabilidade que fiquei sabendo que meu pai tinha sido assassinado. Achava que ele também estava preso”, conta Wladimir Pomar. “Fui torturado o tempo todo. Perdi a noção do tempo. Mas minha preocupação sempre foi saber como descobrir o traidor. Desde o começo tinha a intuição de que a reunião tinha caído por traição”, disse à Carta Maior.

O traidor que permitiu o assalto à casa da Lapa era um dos membros do Comitê Central do PCdoB: Jover Telles. Preso pouco tempo antes, ele concordou em colaborar com os órgãos de repressão em troca de bom tratamento e emprego. Por causa da delação de Telles, Wladimir Pomar ficou preso mais de dois anos. Só foi solto em 1978 – após julgamento que o condenou a cinco anos de detenção –, quando o processo de distensão estava mais avançado.

“O esforço para que o povo brasileiro conheça esta parte da história não é uma questão de vingança, de revanche. O povo precisa conhecer sua história do ponto de vista cultural e político, para que evite cair nos mesmos erros do passado”, avalia Wladimir Pomar. “E este período da ditadura foi uma parte importante da história do Brasil. Em nosso país, infelizmente, se montou um sistema ditatorial que teve uma sofisticação no processo de tortura. Relembrar isso faz parte do processo de educação do nosso povo”, acredita.

30 anos que não passaram
“Pra mim, o dia 16 foi horrível. Fui pegar o jornal na porta de casa, em Belém, onde morava como clandestina, e vi na primeira página: “Deputado paraense é fuzilado em São Paulo”. Sabia que o único deputado paraense era meu sogro. Aí também fiquei sabendo que meu marido tinha sido preso. Morava sozinha com meu filho menor, que na época tinha 9 anos. Foi horrível porque tive, com o sogro assassinado e a família morando toda fora do Pará, sem conhecer ninguém, vir pra São Paulo, para arranjar advogado e tentar liberar meu marido. Vendi tudo o que tinha na casa – até bujão de gás – para comprar as passagens”, lembra Raquel Pomar, esposa de Wladimir, que se emocionou durante o ato que marcou os 30 anos do massacre na Lapa.

Em 1976, ela vivia em Belém, para onde Pedro Pomar iria em breve, já que vinha sofrendo riscos maiores com a decisão do II Exército em liquidar a organização do PCdoB.

Para Clóvis de Castro, ex-metalúrgico e militante da ANL (Aliança Nacional Libertadora), que ficou preso de 1969 até 1972, o ataque na casa da Rua Pio XI foi uma das maiores surpresas do período.

“Foi um dia muito triste para nós, que já tínhamos saído da cadeia há tempos. Naquela época, a luta armada já havia sido derrotada. Mas então, quando a ditadura falava numa distensão lenta e gradual, todos fomos surpreendidos com aquele massacre e a atitude cínica dos generais de plantão. Em pleno 1976, não esperávamos que fosse terminar desta forma violenta, uma vez que os grupos armados já haviam sido extinguidos”, contou.

Para o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, que à época defendeu os militantes e líderes do PCdoB presos após a reunião na Lapa, este foi um episódio marcante na luta pela libertação do povo brasileiro.

“Foi um processo muito doloroso. Em 1976, Dilermando [Monteiro] assume o comando do exército e garante que não haverá tortura. Aí chega o dia 16 de dezembro e três pessoas são assassinadas, todos são presos e torturados. Meses depois, na oitiva das pessoas, ainda havia marcas da tortura”, conta. “Foi a primeira vez que falei para um cliente meu que o pai estava morto. Para mim, esses 30 anos não passaram”.

Depois do massacre na Lapa, na tentativa de se reorganizar, o Partido Comunista do Brasil constituiu um núcleo dirigente fora do país. Em 1978, o PCdoB já realizava sua VII Conferência Nacional. Em 1985, com o final da ditadura, o partido conquistou sua legalidade.

Um caminho a ser seguido
Dois dias antes da ação militar que matou João Batista Franco Drummond, Ângelo Arroyo e Pedro Pomar completar 30 anos, a Câmara dos Deputados do Chile aprovou um projeto que declara a Lei de Anistia inaplicável para militares que cometeram crimes contra a humanidade. Assim como no Brasil, a legislação criada em 1978 no país vizinho protegia os militares que haviam praticado violações de direitos humanos. O projeto ainda precisa passar pelo Senado, mas representa mais um passo do governo de Michelle Bachelet para anular formalmente a Lei de Anistia no país.

Desde o fim da ditadura no Chile, mais de 600 processos foram abertos contra militares com base em tratados e convenções internacionais, que no país têm maior peso que as leis nacionais.

“É espantoso que alguns tentem ressuscitar a tese de que a repressão, no Brasil, foi “até econômica” porque morreram “apenas” quatrocentas pessoas. Na Argentina de Kirchner, a Lei do Ponto Final foi anulada e generais estão na cadeia. Repressores estão sendo processados. O comandante do Exército pediu perdão ao povo argentino pelos crimes cometidos por sua corporação. No Chile, Manoel Contreras, chefe da poderosa DINA, está preso. Dois oficiais que ousaram defender em público as atrocidades praticadas por Pinochet foram expulsos do Exército, sem hesitação. A Lei de Anistia será revista. No Brasil, porém, a cada 31 de março, a sociedade é obrigada a ouvir perturbadores elogios ao golpe militar, proferidos por ninguém menos do que os chefes do Exército. E nada lhes acontece, nem ao menos uma repreensão por parte dos governantes a quem deveriam prestar obediência. Até quando as vítimas da ditadura serão obrigadas a tamanha humilhação?”, questionou o jornalista Pedro Estevam da Rocha Pomar.

Na sua opinião, o Brasil mudou pouco nos últimos 30 anos no que concerne ao poder institucional dos militares. Para ele, as Forças Armadas, e o Exército em especial, continuam a comportar-se como quando exerceram o poder, “colocando-se acima da lei e considerando-se credoras e tutoras da sociedade brasileira”.

“É nesse contexto que se situa a questão da abertura dos arquivos militares. Já são muitas as decisões judiciais favoráveis às famílias dos mortos e desaparecidos, e também a cidadãos torturados. Mas ainda se espera do governo brasileiro uma atitude firme e digna para abrir caminho não apenas ao direito individual à justiça, que é uma garantia constitucional, mas também ao direito da sociedade brasileira de escrever a história dos anos de chumbo”, acredita Pomar.

A expectativa do deputado Greenhalgh é a de que o segundo mandato de Lula seja “inquestionavelmente definidor” em relação à abertura dos arquivos da ditadura militar e no debate sobre a responsabilização daqueles que, em nome da defesa do regime, praticaram crimes contra a humanidades. “Não dá para continuar assim, até porque o cenário da América Latina não está para isso e sim para a memória e a verdade”, disse.

Para o deputado estadual Renato Simões (PT), também presente ao ato em São Paulo, esta deve ser uma iniciativa governamental, mas a sociedade civil, as entidades de direitos humanos e as comissões de familiares de mortos e desaparecidos precisam ganhar o conjunto da sociedade pra essa questão. “Foi isso que permitiu avanços importantes na Argentina e no Chile nos últimos anos e que, aqui no Brasil, vem empacando não só a localização de corpos de pessoas desaparecidas como a abertura dos arquivos militares e da discussão institucional sobre os limites da lei de anistia no que diz respeito aos crimes contra a humanidade”, explica.

E conclui: “acho fundamental que a gente desmistifique o legado da ditadura. A morte do Pinochet reafirmou uma separação entre os aspectos positivos da economia e negativos na política como se as ditaduras sanguinárias na América Latina pudessem ter tido um aspecto positivo. Recentemente houve uma homenagem da Escola de Cadetes de Campinas ao Médici, justamente evocando este papel democrático que ele cumpriu no Brasil e o aspecto do desenvolvimento econômico do milagre. Então tudo aquilo que puder ser contado às novas gerações, que puder movimentar a sociedade civil é importante, para que a história possa ser contada como ela foi e assim não se repita, porque quem não conhece o passado não sabe defender o presente e construir um futuro de democracia”.

COMBATE AO RACISMO NA VISÃO DE UMA TENDÊNCIA


A DS e o combate ao racismo
A história do Brasil é repleta, desde seu passado escravocrata até hoje, das práticas de extermínio, exclusão, exploração, preconceito racial, que vitimaram historicamente os povos indígenas e os afro-brasileiros.
Considerando estes fatores, a DS reafirma seu compromisso em defesa da implementação de políticas de saúde da população negra no SUS, em todos os seus níveis de atenção à saúde, visando à erradicação de todas as formas de preconceito, xenofobia e racismo, principalmente nos órgãos institucionais.
A DS também reafirma seu compromisso com os princípios da eqüidade política, econômica e social, e com ações concretas de reparação, defendendo as cotas nas universidades, escolas técnicas, concursos públicos, e demais instrumentos de erradicação das iniqüidades raciais.
Assim, estaremos construindo uma sociedade justa, fraterna, solidária, digna a todos os seres humanos.
Em defesa da administração popular de Fortaleza
A VIII Conferência Nacional da Democracia Socialista, tendência interna do Partido dos Trabalhadores, saúda a administração popular de Fortaleza, bem como apóia os processos inovadores de valorização da cultura popular, participação democrática e inversão de prioridades no orçamento e na gestão, que beneficiam o povo daquela cidade.
Temos clareza de que a realização de processos como esses, como o orçamento participativo, o plano diretor participativo e popular, a implementação do projeto “Orla”, o fortalecimento de atividades culturais voltadas para o povo, ente outros, trazem a ira de grupos econômicos e políticos poderosos que há muitos anos utilizavam a administração municipal de Fortaleza em seu beneficio, dragando recursos financeiros e humanos da Prefeitura em proveito próprio e em detrimento da maioria da população.
A administração da companheira Luizianne Lins iniciou uma verdadeira revolução de prioridades, colocando a Prefeitura de Fortaleza, pela primeira vez nestes últimos 20 anos, a serviço dos interesses populares e da construção de uma cidade voltada para o conjunto da população, de forma democrática e transparente.
Em função da realização desse processo democrático e popular, buscando interrompê-lo ou mesmo barrá-lo, setores das classes dominantes de Fortaleza lançam campanhas de difamação e calúnia de forma sucessiva, utilizando parte da mídia local e nacional contra a prefeita e a administração popular.
Essas campanhas, cujo ápice, netse momento, tem sido a divulgação mentirosa de uma suposta irregularidade na licitação de uma festa popular, o reveillon de 2006/2007 de Fortaleza, demonstra a forma mesquinha e irresponsável com a qual esses setores procuram interromper o curso político e administrativo de conteúdo popular e democrático da atual gestão de Luizianne Lins.
A despeito de todos os esclarecimentos necessários feitos pela administração, inclusive com acesso direto ao contrato da referida atividade, a campanha continua e tem como objetivo antecipar o calendário eleitoral, paralisar a administração popular e desestabilizar o projeto de construir, em Fortaleza, um projeto democrático, popular e sustentável.
A VIII Conferência Nacional da DS, compreendendo o momento político por que passa a administração de Fortaleza e seu povo, repudia veementemente esses ataques das forças políticas do atraso e se solidariza com a gestão Fortaleza Bela, com a prefeita Luizianne Lins e com o povo de Fortaleza, que, com certeza, saberá responder à altura e continuará pondo em marcha esse processo de reencontro da cidade com os seus reais interesses.
A DS, através de seus militantes em Fortaleza, ao lado de parte importante das forças políticas que apóiam a atual administração, estará na linha de frente na defesa dessa administração popular, bem como combaterá qualquer tipo de tentativa de retrocesso político que ponha em risco a construção de um projeto democrático, popular e sustentável em Fortaleza.
Transgênicos
A lei que regulamenta a pesquisa e a comercialização de transgênicos foi votada pelo Congresso Nacional em 2005, e em dezembro do mesmo ano foi criada a nova Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio.
Composta por 27 membros titulares e 27 suplentes, ela inclui, pela primeira vez, além de pesquisadores especialistas, representantes da sociedade civil:
- 1 representante da agricultura familiar;- 1 representante do Instituto dos Consumidores;- 1 representante da saúde do trabalhador;- 1 representante dos movimentos sociais ambientalistas.
Dos 27 membros titulares, ainda são representados vários ministérios, entre os quais o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria Geral da Pesca. Nessa comissão, apenas os três ministérios citados e os representantes da sociedade civil, em um total de 7 membros, têm posição consolidada em favor do princípio de precaução.
A comissão delibera sobre a atribuição de certificados de qualidade ambiental, sobre a pesquisa a campo e sobre a comercialização das espécies e variedades transgênicas. Nenhuma deliberação pode ser efetuada sem o parecer da CTNBio, sendo que a liberação comercial exige uma maioria de 2/3 dos votos dos membros.A Câmara de Deputados e posteriormente o Senado Federal aprovaram a Medida Provisória 327, que modifica as regras para plantio de transgênicos nos entornos das Unidades de Conservação Ambiental, aí incluindo duas emendas, sob pressão dos ruralistas e do lobby das empresas multinacionais de sementes transgênicas e herbicidas:
- redução do quórum de 2/3, ou seja, 18 votos necessários para a aprovação da comercialização de espécies vegetais e animais, para maioria absoluta, 14 votos, o que permite que o grupo favorável aos trangênicos obtenha satisfação na liberação de todas as demandas (milho, arroz, feijão, papaia, eucalipto, cana-de-açúcar);
- legalização da comercialização de 200 mil ha de algodão transgênico clandestino, plantado ilegalmente sem deliberação do da CTNBio.
As emendas inseridas representam uma flexibilização das normas de biossegurança, contrariam o princípio de precaução contido na lei e no decreto e colocam em risco a saúde humana e animal, o meio ambiente e a agricultura do país.Recomendamos:
1) que a DS recuse a ilegalidade decidida pelo Congresso Nacional (repetindo o que aconteceu com a soja);
2) que participe ativamente na Audiência Pública a ser realizada no dia 20 de março;
3) que apóie os movimentos sociais em sua demanda ao Presidente da República de veto à medida provisória 327 modificada pela Câmara e pelo Senado.
Vale do Rio Doce
A DS apóia a campanha pela anulação do leilão da vale do rio doce.
Saúde do Trabalhador
É de conhecimento técnico e científico que as formas de adoecer e morrer da população numa sociedade estão associadas aos determinantes e condicionantes sociais, políticos e econômicos, principalmente relacionados aos processos e à organização do trabalho. Esses fatores têm disseminado as doenças do trabalho, atingindo trabalhadores e trabalhadoras em idade produtiva cada vez mais precoce, assim como o aumento das mutilações, com novas formas de morte no trabalho. Os causadores dessas mazelas da classe trabalhadora, escamoteadas pelos empregadores, contam com a conveniência do Estado brasileiro.
Diante do exposto, a DS reafirma compromisso de defender a efetivação da política de saúde do trabalhador e da trabalhadora do/no SUS, em todas as dimensões de sua atuação, e de forma articulada com os movimentos sociais, trabalhadores e demais órgãos do governo em um conceito ampliado de saúde.
Apoio à criação da “Reserva Extrativista do Baixo Rio Branco” (Resex)
Apoiamos a luta dos trabalhadores e trabalhadoras para que o Governo Federal determine a criação da “Reserva Extrativista do Baixo Rio Branco” (Resex), composto de parte da sua área nos municípios de Rorainópolis, Roraima, e parte no município de Novo Airão, Amazonas.
A criação desta Resex é fundamental para preservar o modo de vida das comunidades ribeirinhas que vivem da pesca, do extrativismo e do artesanato, sendo fundamental para um modelo de desenvolvimento sustentável adequado à Amazônia.
O processo de criação da Resex foi precedido das exigências legais, com levantamentos e estudos das áreas, audiência pública, consulta à população local e participação ativa dos movimentos sociais. Ele se encontra na Casa Civil e depende da assinatura do Ato de Criação pelo Presidente Lula.
Atualização dos índices de produtividade
A Constituição Federal assegura o direito à propriedade, mas a condiciona ao efetivo cumprimento da função social da terra, especialmente na preservação dos recursos naturais, no cumprimento da legislação trabalhista e no alcance de índices mínimos de produtividade.
A legislação agrária de 1993 define a necessidade de atualização de índices de modo a incorporar a evolução tecnológica da agropecuária e o desenvolvimento regional. Além de uma exigência legal, a atualização é um compromisso do governo Lula com a sociedade brasileira e os movimentos sociais, assumido por ocasião do lançamento do II FNRA, em novembro de 2003.
Os atuais índices foram definidos em 1980, tendo como referência o censo agropecuário de 1975, e não expressam a evolução do ultimo período. A atualização garante o cumprimento de uma exigência institucional, além de ser um compromisso de governo. Portanto, a VIII Conferência Nacional da DS reafirma a necessidade dessa atualização para assegurar o avanço da reforma agrária no Brasil.

SOB O DOMÍNIO DOS BANCOS

DEBATE ABERTO

Só ao final do 2º mandato de Lula se verá como é efêmero o crescimento puxado a crédito popular, sem mexer na estrutura de repartição das rendas nacionais, sem investimentos pesados do Estado e sem que seja eliminado o desemprego estrutural .
Bernardo Kucinski
Vocês já notaram que nos últimos tempos o preço à vista de geladeiras, fogões e computadores é o mesmo que o pagamento em doze vezes? Vocês tentaram recentemente pedir um desconto para pagar de uma vez só? Na maioria das vezes, não adianta. As lojas já não fazem questão de vender à vista. Á vista ou em doze prestações, "no cartão", o preço é o mesmo. Parece que o objetivo do lojista não é o de vender uma mercadoria, é o de vender uma dívida.
De repente, não há mais preço à vista para bens duráveis e semiduráveis. Todos os preços já embutem uma operação de crédito, portanto um juro. Lembrei-me de um parente que trabalhava da Fiat e me dizia, anos atrás, que o lucro da Fiat não vinha da mais valia extraída dos trabalhadores na fabricação de carros, vinha dos financiamentos para a produção e exportação dos carros. O carro tinha que ser fabricado, mas era só para garantir a transação, financeira.
A Fiat havia se tornado um grande banco sob a forma de uma indústria automobilística. O que era uma exceção parece que virou regra. Todas as grandes cadeias estão lançando seus próprios cartões de crédito. Tornaram-se bancos, sob a forma de lojas. O comércio varejista já é o maior emissor de cartões de crédito do Brasil (nota 1). São 127 milhões de cartões emitidos. A campeã é a rede C&A, com 16 milhões de cartões emitidos até junho. Algumas redes estão associadas a bancos, ente elas as Casas Bahia, associada ao Bradesco, que já emitiu 2,5 milhões de cartões.
Lojas pequenas demais para terem seu próprio cartão de crédito estão reagindo, lançando cartões de ruas. Dentro de algumas semanas, os freqüentadores da famosa Rua 25 de março, em São Paulo, vão poder ter um cartão de crédito especial, O cartão da Rua 25. Iniciativa da associação dos lojistas da rua, elaborada com a ajuda de uma financeira, a Intercap. Se já existem até cartões de shoppings, por que não de ruas de comércio?
Assim, a financeirização vai penetrando em todos os interstícios do comércio, em toda a nossa geografia urbana. Com a mesma força, penetrou no governo Lula. Passados mais de cinco anos, verifica-se que o a famosa "Carta ao Povo Brasileiro", na qual Lula se comprometeu a não mudar as regras de jogo, não foi apenas um movimento tático para desarmar o terror financeiro que nos ameaçava com o "caos". A "carta" ganhou a estatura de uma aliança duradoura, estratégica. Nenhum acordo do governo Lula com setores da sociedade, nem com os ruralistas à direita, nem como MST à esquerda, nem mesmo com a CUT revelou-se tão sólido quanto o que vem sendo mantido como os bancos.
Já são cinco anos de uma inabalável política macroeconômica de manutenção de juros exorbitantes e obtenção de "superávit primário". Sua principal conseqüência é o contingenciamento de todos os orçamentos anuais, subordinando os ministros executivos às normas restritivas do Banco Central, que tem como único objetivo impedir que o Estado gaste em qualquer coisa que não seja o pagamento de juros.
Como parte dessa aliança estratégica, o governo endossou a agenda de reformas proposta pelos bancos que incluiu, entre outros itens, a Lei da Afetação Imobiliária, o cadastro dos bons pagadores e a Nova Lei de Falência. Tudo o que os bancos queriam. E Meirelles foi mantido no comando do Banco Central, como avalista da aliança, apesar de todas as críticas à incongruência dessa política macroeconômica, não só do campo popular, mas também de tucanos que entendem de economia, como José Serra. Além de inibir o crescimento econômico, essa política obriga o Estado a tomar emprestado no mercado interno a um juro altíssimo, para manter reservas internacionais excessivas e que remuneram muito menos.
Mas Lula agradou ao grande capital, sem desagradar às classes trabalhadoras. E como foi que conseguiu isso? Através, aí sim, de uma série de importantes concessões táticas. Aumentou substancialmente o salário mínimo; estimulou a 'autoconstrução' diminuindo os impostos de insumos básicos como cimento, barateou e popularizou o crédito imobiliário, criou o Bolsa Família, dando poder de compra às famílias mais pobres, criou o Prouni, que permite aos jovens da baixa classe média estudarem em faculdades pagas. E criou o crédito popular. Em especial, o empréstimo consignado, totalmente garantido pelo pagamento do salário e proventos de aposentadoria e pensões. Aí se encaixa a febre do crédito.
É um desbunde de crédito. A tal ponto que o consumo popular, alimentado a crédito, conseguiu se tornar a alavanca desta nova fase de crescimento da economia. No final do ano passado, o total de crédito consignado beirava os R$ 32 bilhões. Em maio deste ano, chegou a R$ 52 bilhões. Metade todos o crédito pessoal concedido hoje pelos bancos é na forma de empréstimo consignado (nota 2). Graças ao crédito consignado, Bolsa Família e aumento do emprego e do salário mínimo, o consumo das famílias avançou 6% nos últimos 12 meses. E graças ao crescimento do mercado interno, além do boom de exportações, foram criados 4,6 milhões de novos empregos com carteira assinada nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, contra apenas 800 mil em todos os oito anos do governo FHC (nota 3).
Há uma lógica política no caminho escolhido. O presidente Lula seguiu a rota do menor conflito. Conseguiu algum crescimento com distribuição de renda e ampliação do mercado interno, o sonho dos antigos "economistas do PT", sem hostilizar ninguém, sem enfrentar os bancos. Ao contrário: o crédito ampliou consideravelmente o universo de atuação dos bancos. Deu aos bancos, no princípio contra a vontade deles mesmos, todo um novo contingente de clientes, pessoas pobres que nunca teriam recebido um crédito de banco. Aliando-se estrategicamente com o capital financeiro e taticamente com os trabalhadores organizados, o presidente Lula ocupou todos os espaços e ainda criou uma ambigüidade que desconcertou a oposição. É ou não é genial?
Só que tem dois 'poréns'. O principal é a espoliação disfarçada desses brasileiros pobres que estão pagando juros de 30% a 40% ao ano por empréstimos sem risco nenhum, pois tem garantia total e as prestações são descontadas diretamente do salário ou dos proventos de aposentadoria e pensões do INSS. Hoje, esses brasileiros pobres são caçados nas esquinas, por bancos, financeiras, lojas de departamentos. O mecanismo do credito consignado, nas taxas de juro praticadas de 2,5 a 3% ao mês, é uma das mais pesadas formas de extração da renda dos trabalhadores pobres e aposentados pelo setor bancário (nota 4).
O outro 'porém' só vai aparecer com nitidez quando acabar o segundo mandato, e se não for imediatamente abandonada a atual política macroeconômica, o que implica em romper a aliança estratégica com os bancos. Vamos herdar um país ainda carente de infra-estrutura, um Estado devedor das mais básicas necessidades na educação, saúde, habitação e segurança, porque o grosso do dinheiro arrecadado foi usado para pagar juros da dívida pública e não para construir estradas, portos, escolas, teatros, hospitais ou telecentros.
Só então se perceberá como é efêmero o crescimento do mercado interno puxado a crédito popular, sem mexer em profundidade na estrutura de repartição das rendas nacionais, sem investimentos pesados do Estado e sem que seja eliminado o desemprego estrutural. É um crescimento de pouco fôlego e muito risco. A aliança estratégica tinha que ser com o mercado interno e suas forças produtivas, não com o capital financeiro. O endividamento das famílias aumentou em 120% nos últimos cinco anos. Imaginem o que pode acontecer quando vier o inevitável ciclo de retração econômica?
Notas(1) O Estado de S. Paulo, 05/07/07.(2) Valor Econômico, 02/07/07.(3) Caged/TEM, citados por Revista do Brasil, fevereiro de 2007.(4) O INSS anunciou que vai "limitar" essas taxas a 2,64% ao mês. Além de juro, há taxas de
Bernardo Kucinski, jornalista e professor da Universidade de São Paulo, é colaborador da Carta Maior e autor, entre outros, de "A síndrome da antena parabólica: ética no jornalismo brasileiro" (1996) e "As Cartas Ácidas da campanha de Lula de 1998" (2000).

sexta-feira, 27 de julho de 2007

CHAPA 2, JUNTO COM A BASE DE RECIFE E FORTALEZA CONTRIBUEM PARA FECHAMENTO DO ACORDO COLETIVO


A PELEGAGEM de Raimundinho, Paulo Gel, Paulo Silva e Paulo de Tarso em jogar a toalha (e olha que a toalha é suja) induzindo os trabalhadores nas Assembléias de Paulo Afonso e Sobradinho para aprovarem a Pauta Nacional (mesmo com a CCE 09 discriminando trabalhadores e a isonomia salarial com a Eletrobrás não ter sido alcançada), a Pauta Especifica que não contemplava o auxílio-educação para formação educacional dos dependentes de ensino fundamental, médio e superior com a idade máxima de 20 anos, melhoria no prazo de pagamento do adiantamento do 13º com dilatação dos prazos até dezembro/08, os falsos pastores se alvoraram em aprovar uma proposta pífio para satisfazer aos seus senhores em detrimento dos trabalhadores.

Os Companheiros da Chapa 2: Francisco Cezar, Rosevaldo, Glaucivania, Marquinho, Muccine, Nilton, Celso, Peixoto, Agenilson, Dantas e Scuby-du tiveram participação decisiva nas negociações com a Base de Fortaleza, Recife e Salvador
para conseguir realizar negociações de avanço na pauta especifica que contemplasse pelo menos parte dos anseios dos trabalhadores, culminando com a inclusão do terceiro grau no auxilio educação, dilatação do prazo para devolução do décimo terceiro, abono dos dias paralisados e inclusão no PAP de implante de dente. Após avaliação, ficamos convencidos que a PLR, salario educação para empregados, adicional de periculosidade para Operador de sistema, PAP para aposentados e o ATS não contemplados nos avanços, representavam uma grande perda para os trabalhadores, mas a aprovação da pauta sem avanços em Paulo Afonso e Sobradinho enfraquecia a nossa correlação de forças com a empresa para podermos peitar outros avanços, levando-nos a reflexão de que há momentos que é necessário rever as posições e avançar em outras oportunidades.

Foi com a verdade, transparência e determinação, que foi fechado o acordo coletivo com a Chesf, demonstrando a confiança e entrosamento entre as lideranças de Base do Movimento Sindical e os Trabalhadores nos dando a esperança de que as próximas negociações possam ocorrer em um ambiente harmônico e de sinergia com todos Eletricitários.

CHAPA 2

quarta-feira, 25 de julho de 2007

ALARME DO SINERGIA É A CARA DO PELEGUISMO


VEJAM A DIFERENÇA ENTRE O SINDELETRO (CE) E O SINERGIA (BA)

ALARME - Edição: 24 de julho de 2007
PAUTA ESPECÍFICA: Chesfianos baianos aprovam proposta da empresa

Os trabalhadores da Chesf na Bahia, em sua grande maioria, aprovaram a proposta arrancada em mesa de negociação, nas assembléias de segunda-feira (23 de julho).

Depois de analisar os itens da pauta, a categoria eletricitária optou por aprovar a pauta, por entender que se chegou ao limite para avançar mais em mesa de negociação.
Conforme Regino Marques, coordenador geral do Sinergia Bahia, é importante salientar que o sindicato tem uma grande responsabilidade com o futuro dos trabalhadores, "portanto é preciso saber o momento certo de fazer o movimento, a exemplo das paralisações que ocorreram para forçar a empresa a avançar em sua proposta".
Regino Marques acrescenta que, "não se pode agir com a emoção baseado em outros motivos, se não o da campanha salarial".
O coordenador esclarece ainda que, a proposta apresentada atende o pleito reivindicado pelos trabalhadores, garantindo assim, resultados satisfatórios.


Sindicato dos eletricitários do Ceará - INFORMATIVO ELETRÔNICO - Edição 20/2007 - Fortaleza - 24/07/2007

CAMPANHA SALARIAL 2007/2008

Trabalhadores da Chesf deliberam sobre proposta na quarta (25/07)

O Sindeletro convoca todos trabalhadores e trabalhadoras da Chesf para a assembléia, 25/07 (quarta feira), às 08 h na GRN Fortaleza e em Milagres. Vamos avaliar a última proposta pela Companhia, no dia 23/07, e deliberar. A decissão da assembléia engloba a pauta especifica e a pauta nacional.

Para o diretor do Sindeletro, Catão de Oliveira, a proposta da Chesf avançou em três pontos especificos, mas ainda é insificiente em relação à folha de salários e benefícios das empresas do grupo.

  • Percebam que no Alarme há uma clara intenção de induzir os trabalhadores: a Chesf já chegou ao limite, esta é a proposta final, não se pode agir com emoção, a proposta apresentada atende aos trabalhadores, ... e tome pelegada.
Não fiquem surpreendidos, porque está é a filosofia deles também na Coelba e Terceirizadas, o interesse pessoal e da politicagem os levaram a defender as empresas em detrimento do interesse dos trabalhadores, foi assim com a mudança da data da PLR e da Pauta Nacional e será sempre assim se os Trabalhadores não derem um basta ao continuísmo, comodismo e conformismo.
Leiam, o que os trabalhadores da Base Salvador/CMD/FNL, Fortaleza e Recife conseguiram após rejeitarem a proposta e negociarem avanços nas conquistas que eles disseram que era a última:

Ainda na segunda-feira (23), a diretoria da CHESF apresentou alguns avanços em sua proposta nas cláusulas 37, 38 e 68, no que consta:

Cláusula 37 - PLANO DE ASSISTÊNCIA PATRONAL (PAP) - A CHESF participará através do PAP no custo para implante de dentes.

Cláusula 38 - ASSISTÊNCIA MATERNO-INFANTIL E EDUCACIONAL - A empresa ajustou sua proposta para essa cláusula, concedendo o benefício para os dependentes de até 20 anos completos, sem condicionantes. Antes, o benefício estava limitado aos estudantes até o 2° grau.

Cláusula 68 - ABONO - A CHESF propôs desconto até dezembro de 2008, com isso, interrompendo o desconto do pagamento do mês de janeiro de 2008.
SINERGIA DE TODOS NÓS - CHAPA 2

CRISE AÉREA - MINISTRO DO STM SUGERE GOLPE

ANÁLISE DA NOTÍCIA - CRISE AÉREA
Mídia eleva tom contra Lula. Ministro do STM sugere golpe
Editoriais e colunistas falam em “colapso do lulismo”, “corriola governamental” e incapacidade de governar o país. Ministro do Superior Tribunal Militar diz que “pessoas de bem vão se pronunciar como já fizeram em um passado não muito distante”.
Marco Aurélio Weissheimer - Carta Maior
PORTO ALEGRE – O tom das críticas ao governo Lula, em função da crise no setor aéreo, vem subindo crescentemente na mídia. O editorial do jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira (24), fala em “governo desacreditado” e “colapso do lulismo em matéria de permitir, em última análise, que o país funcione”. O Estadão refere-se ao Presidente da República como “o inexperiente Lula, o qual na irrefutável constatação de Orestes Quércia, em 1994, nunca dirigiu nem um carrinho de pipoca, antes de ambicionar o Planalto”. Na mesma direção, o colunista Clóvis Rossi, pergunta hoje, na Folha de S. Paulo: “se o país é incapaz de segurar um avião na pista, vai segurar o quê?”.O jornal O Globo, também em editorial, diz que “a crise é mais profunda do que se quer fazer crer”. Também no Globo, Dora Kramer diz que “à corriola governamental tudo é permitido: agredir o público com grosseria, com leviandade, com futilidades, com fugas patéticas ao cumprimento dos deveres, com indiferença, vale qualquer coisa se a anarquia tem origem nas hostes governistas”. “Corriola”, em seu uso informal, significa “grupo de pessoas que agem desonestamente ou de forma inescrupulosa; quadrilha”.Ministro do STM sugere golpeO tom das palavras sobe também em alguns setores da sociedade. Além da desqualificação do governo federal, com o uso de adjetivos cada vez mais pesados, começam a aparecer também discursos de caráter golpista. Um exemplo:“O que podemos dizer a esses ilustres jovens militares. Não desistam. Os certos não devem mudar e sim os errados. Podem ter certeza de que milhares de pessoas estão do lado de vocês. Um dia, não se sabe quando, mas com certeza esse dia já esteve mais longe, as pessoas de bem desse País vão se pronunciar, vão se apresentar, como já fizeram em um passado não muito longe, e aí sim, as coisas vão mudar, o sol da democracia e da Justiça brasileira vai voltar a brilhar”.A declaração foi feita pelo ministro do Superior Tribunal Militar, Olympio Pereira da Silva Junior, durante a entrega de espadins a alunos que ingressaram nas academias militares do Exercito, Marinha e Aeronáutica, em julho deste ano. Ao saudar os novos alunos, Olympio Junior critica a situação política do país, faz uma apologia da honra, da moral e do patriotismo, lamentando que os jovens cadetes não poderão manusear os instrumentos militar que conhecerão no treinamento. Ele diz:“Aqueles jovens, ainda puros, não sabem que vão estudar (e como vão estudar, durante toda a carreira) tudo sobre a arte da guerra e do combate e vão conhecer e aprender tudo sobre equipamentos e instrumentos militares, os mais modernos do mundo, mas que na realidade nunca irão manusear porque, no nosso País, não se acredita ser necessário a compra de armamento/equipamento militar para ficarmos em igualdade bélica a outras nações”. E critica a condição dos militares em relação aos demais funcionários públicos:“Preparam-se, por toda a carreira, para dedicarem-se e ser fiel à Pátria, cuja honra, integridade e instituições deverão ser defendidas mesmo com o sacrifício da própria vida e têm, mesmo assim, seus vencimentos tão diferenciados de outros funcionários públicos que nunca deram nem vão dar nada ao País, pois dele só querem benesses, vantagens e lucros e o que é pior, porque ninguém faz nada a respeito e calam-se diante dessa imoralidade”.O texto do ministro foi publicado em sites nacionalistas de direita como “A verdade sufocada” e “Terrorismo nunca mais”. Bacharel em Direito, Olympio Junior ingressou na carreira do Ministério Público Militar em 1976, tendo sido designado pelo então presidente, general Ernesto Geisel, para assumir a Procuradoria junto à Auditoria da Justiça Militar, em Juiz de Fora (MG). Desde 18 de novembro de 1994, é ministro do STM.O ministro do STM, que já presidiu o órgão, é um velho conhecido do presidente da República. Há 23 anos, Olympio Junior, então na condição de promotor militar, pediu a prisão preventiva de Lula, então líder metalúrgico, por crime contra a segurança nacional em razão de um discurso feito no Acre em companhia de Chico Mendes.Qual é mesmo o papel da Justiça Militar no Brasil? Segundo o site do STM, é julgar “apenas e tão somente os crimes militares definidos em lei”. O texto de apresentação do órgão faz um elogio da “independência, altivez e serenidade do órgão”: “no período de regime militar de 1964 a 1984, levou juristas famosos na luta em defesa dos direitos humanos, como Heleno Fragoso, Sobral Pinto e Evaristo de Morais, a tecerem candentes elogios à independência, altivez e serenidade com que atuou o Superior Tribunal Militar na interpretação da Lei de Segurança Nacional e na aplicação dos vários Atos Institucionais”.Há um caldo de cultura perigoso formando-se no ambiente político brasileiro.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

RAIMUNDINHO/PAF E PAULO SILVA/SBD FORAM ATROPELADOS.

Os sindicalistas chapa branca, defensores do patrão, mentiram para os trabalhadores de Paulo Afonso e Sobradinho informando que a proposta da CHESF era final e que tinha atingido o limite em uma clara demonstração de traição a confiança depositada neles, com isso as Assembléias aprovaram a proposta da CHESF, o que levou Raimundinho a ligar eufórico para o Assessor do DA para informar que ele e Paulo Silva tinham aprovado a pauta especifica. Enquanto isso nossos Representantes de Base juntamente com Evandro/Urbanitários-pe já tinham buscado um entendimento de unidade para todos os eletricitários.

Vamos aos fatos:
  • Na sexta passada apos as avaliações da Intersindical nossos Representantes de Base Xenilson/Fortaleza, Nilton Rodrigues/Recife e Nilton Correia/Salvador por telefone concordaram que a proposta da Chesf era insuficiente e que poderia avançar desde que se fizesse algumas articulações. Xenilson, contatou Evandro do Sindicato dos Urbanitários-pe para negociarem uma saída de unidade para todos os sindicatos, assim elencaram algumas propostas que significassem avanços e que poderiam levar os trabalhadores a uma posição favorável nas Assembléias: "Assistência Escolar (R$ 300,00) com ampliação para o curso superior até os 20 anos, pagamento do 14o ticket, dilatação do prazo para devolução da antecipação do décimo, ATS, PLR;
  • Ainda na sexta, Evandro fez contato com a Diretoria da Chesf, que ficou sensível ao pleito;
  • No sábado Xenilson nivelou com os Niltons e tiraram à posição de colocar nas Assembléias caso tivessem confirmação da Chesf as reivindicações ou em contrário se discutiria em nova rodada de negociação;
  • Na segunda, após a Diretoria da Chesf tomar conhecimento que Fortaleza e Salvador rejeitaram a proposta, Evandro, Figueiredo, André e Nilton Rodrigues (representante de Salvador e Fortaleza) negociaram os seguintes avanços:
  1. Assistência escolar também para o nível superior até os 20 anos, 11 meses e 29 dias;
  2. Ortodontia;
  3. Abono dos dias parados;
  4. Pagamento do abono o mais breve possível (48h00minh)

Feito a discussão com lideranças do movimento sindical, será encaminhado nas Assembléias mais este avanço nas negociações com clareza, transparência e sem medo de dizer aos Chesfianos que estamos dando um importante passo para conquistarmos no futuro um pagamento superior a R$ 300,00 reais para nossos dependentes de até 24 anos e que estejam estudando no curso superior, por isso indicamos a aprovação das Pautas Especifica e Nacional como forma de continuarmos crescendo e conquistando espaços.

domingo, 22 de julho de 2007

RAIMUNDINHO/PAF E PAULO SILVA/SBD DESRESPEITAM O INDICATIVO DA MAIORIA DOS SINDICATOS DA INTERSINDICAL.

Após 02 dias de negociações entre a Intersindical e a CHESF, apesar dos avanços conquistados, os sindicatos de Pernambuco, Ceará, Base dos trabalhadores da Regional Sul - Bahia e um membro do CNE, chegaram à conclusão que há espaço para avançar, principalmente no "auxilio educação" apliando para 24 anos com direito também para os dependentes de nível superior como já se pratica na maioria das empresas do Grupo Eletrobrás, com isso, pode-se abrir uma nova negociação com a Empresa.

No Aeroporto 2 de Julho um Companheiro que trabalha na limpeza, flagrou Raimundinho ao celular falando com seu "chefe": "Eu e Paulo Silva vamos encaminhar na Assembléia mostrando os avanços e que a Chesf já chegou ao limite".

Foi assim que ocorreu com a mudança de data da PLR, com a aprovação da pauta nacional e querem que seja assim na pauta especifica, o que segundo a visão deles, os trabalhadores de Paulo Afonso, Sobradinho e Xingó são massa de manobra que eles conduzem da forma que querem, ou seja: são ovelhas e eles os pastores e aqueles que ousam se rebelar, coloca os cachorros e o PITIBÚ político para perseguir. Felizmente os COMPANHEROS CHESFIANOS não irão se deixar levar por falsos profetas e falsos pastores, demonstrando independência analisando o que é bom para o coletivo dos trabalhadores da CHESF.

AVANTE CHESFIANOS, ESTÁ É A HORA DE DIZER NÃO AOS DESMANDOS, A INCOMPETENCIA, AS PERSEGUIÇÕES E AOS ACORDOS FIRMADOS ANTECIPADAMENTE COM AS EMPRESAS. DIGA SIM A VOCÊ E AS SEUS COLEGAS DA CHESF.

CHAPA 01 PEDE A IEMANJÁ PARA JUIZ NÃO DETERMINAR NOVA ELEIÇÃO.

O gol cinza, placa "JQG" 2685 do Sinergia estava estacionado no "Largo de Dinha do Acarajé", Rio Vermelho às 09h30min neste domingo (22/07/07), próximo a Igreja de Santana e a Casa de Iemanjá.

O Rio Vermelho é o bairro de Salvador onde existe o maior numero de Bares por área, o que nos deixa intrigados: será que membros da chapa 1 estavam lá para "Tomar Uma" e esquecerem que teremos nova eleição ou foram rezar na Igreja, ou ainda fazer pedidos a Rainha do Mar para que não haja nova eleição?

A verdade é que damos sorte em fragar atos no mínimo dubil destes "camaradas":

  • Há alguns anos atrás, encontramos Paulo de Tarso na Churascaria Empório em uma mesa com uma criatura e a velha cerveja, o carro do Sinergia lá, a disposição;
  • Se não me engano foi em 2005, um feriado e ao passarmos pela Avenida Sete estava o carro do Sinergia estacionado próxima a Igreja de São Pedro, fazendo o que? só Deus sabe;
  • Quando da Assembléia de votação do Balanço anual (não lembro o ano) resolvi e ir lá checar para ver como andavam as contas do Sinergia, para minha surpresa a arrecadação anual já era R$ 1.300.000,00 (mais de um milhão de reais) e se colocou para aprovação o déficit causado pelo Bloco de carAnaval Energia Baiana, a Cooperativa que eles fundaram e que deram prejuízos financeiro ao patrimônio dos trabalhadores de mais de R$ 150.000,00, sendo que Nilton/Chesf e Stoessel/Coelba não concordaram com as argumentações arrumadas por eles de despesa de lazer a fundo perdido, prevalecendo o rolo compressor nos interesses dos trabalhadores mais uma vez.

São por estes e muitos outros motivos (viagem para Espanha, São Paulo, EUA,...), que o Sindicato anda com o pires na mão pedindo contribuição da PLR, dos Abonos, da Periculosidade, etc.

Se você ficou indignado: DIGA NÃO A CHAPA DOS DESMANDOS, INCOMPETENCIA, NEGLIGENCIA E PERSEGUIÇÕES DA CHAPA BRANCA, NA ELEIÇÃO VOTEM NA SINCERIDADE, TRANSPARENCIA, COMPETENCIA E COMPANHEIRISMO DOS MEMBROS DA CHAPA 2, SINERGIA DE TODOS NÓS.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

ANTES DE ENTRAR EM UM CORO, VEJA QUEM ESTARÁ DO SEU LADO.

GUERRA DE MENTIRA.
Uma comprida palavra em alemão (há uma comprida palavra em alemão para tudo) descreve a "c que começou com os primeiros avanços da Alemanha nazista sobre seus vizinhos. A pouca resistência aos ataques e o entendimento com Hitler buscado pela diplomacia européia mesmo quando os tanques já rolavam se explicam pelo temor comum ao comunismo. A ameaça maior vinha do Leste, dos bolcheviques, e da subversão interna. Só o fascismo em marcha poderia enfrentá-la. Assim, muita gente boa escolheu Hitler como o mal menor. Ou, comparado a Stalin, o mau menor. Era notório o entusiasmo pelo nazismo em setores da aristocracia inglesa, por exemplo, e dizem até que o rei Edward VIII foi obrigado a renunciar não só pelo seu amor a uma plebéia, mas pela sua simpatia à suástica. Não tardou para Hitler desiludir seus apologistas e a guerra falsa se transformar em guerra mesmo, todos contra o fascismo. Mas, por algum tempo, os nazistas tiveram seu coro de admiradores bem-intencionados na Europa e no resto do mundo - inclusive no Brasil do Estado Novo. Mais tarde estes veriam, em retrospecto, do que exatamente tinham sido cúmplices sem saber. Na hora, aderir ao coro parecia a coisa certa. Comunistas aqui e no resto do mundo tiveram experiência parecida: apegarem-se sem fazer perguntas ao seu ideal, que, em muitos casos, nascera da oposição ao fascismo, mesmo já sabendo que o ideal estava sendo desvirtuado pela experiência soviética, foi uma opção pela cumplicidade. Fosse por sentimentalismo, ingenuidade ou convicção, quem continuou fiel à ortodoxia comunista foi cúmplice dos crimes do stalinismo. A coisa certa teria sido pular fora do coro, inclusive para preservar o ideal. Se estes dois exemplos ensinam alguma coisa é isto: antes de participar de um coro, veja quem estará do seu lado. No Brasil do Lula, é grande a tentação de entrar no coro que vaia o presidente. Ao seu lado no coro poderá estar alguém que pensa como você, que também acha que Lula ainda não fez o que precisa fazer e que há muita mutreta a ser explicada e muita coisa a ser vaiada. Mas olhe os outros. Veja onde você está metido, com quem está fazendo coro, de quem está sendo cúmplice. A companhia do que há de mais preconceituoso e reacionário no país inibe qualquer crítica ao Lula, mesmo as que ele merece. Enfim: antes de entrar num coro, olhe em volta.
Luis Fernando Verissimo é escritor.

DEPUTADO WALTER PINHEIRO MAIS UMA VEZ ENTRE OS MAIS INFLUENTES - DIAP



BOLETIM ELETRÔNICO
Salvador/BA - nº 20 - 19 de Julho de 2007

Pinheiro mais uma vez entre os mais influentes
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) lança na primeira semana de agosto, a 14ª edição dos "Cabeças" do Congresso Nacional, uma pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes do Parlamento brasileiro. São 73 deputados e 27 senadores que, na ótica do Departamento, são os operadore! s-chave do processo legislativo brasileiro. O Partido dos Trabalhadores lidera a lista do Diap com 25 parlamentares, entre deputados e senadores. Pinheiro figura na lista do Departamento pela oitava vez consecutiva. Desde que iniciou como deputado federal, Walter Pinheiro vem sendo colocado como um dos mais articuladores e influentes do Congresso Nacional.
Agricultura baiana beneficiada
O deputado Walter Pinheiro e assessoria estiveram reunidos na Secretaria Estadual de Agricultura, na tarde desta quinta-feira (19), com o secret&! aacute;rio, Geraldo Simões, sua assessoria, representantes da ADAB e Escola de Veterinária da UFBA para tratar de assuntos que beneficiam diretamente os produtores e criadores baianos. A reunião de hoje é fruto de uma outra que Pinheiro participou nesta quarta (18), em Brasília, com representantes dos ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, quando assegurou recursos para benefícios à agricultura baiana.No encontro, um dos assuntos tratados foi a aplicação dos recursos viabilizados por Pinheiro para implantação e reforma de matadouros e frigoríficos, além da construção de entrepostos de armazenagem e distribuição no interior do estado. O outro ponto da reunião foi a implementação de açõ! es para viabilizar a construção de tanques de re! sfriamen to do leite, dando melhores condições de consumo. A implantação de tanques de resfriamento está de acordo com a Instrução Normativa 51, do Ministério da Agricultura, que restringe a venda de leite "in natura". Esse também é um passo fundamental para criação de micro-usinas de beneficiamento de leite na Bahia, atendendo a Portaria 304/06, também do Ministério da Agricultura.
Pinheiro e Wagner entregam recursos do Produzir
No início da tarde desta quinta-feira (19), o deputado federal Walter Pinheiro, o governador Jaques W! agner e outras autoridades e parlamentares locais participaram de solenidade, na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), para repasse de recursos da ordem de R$ 25 milhões para 204 associações conveniadas ao Programa Produzir. Cerca de 21 mil famílias de 140 municípios baianos serão beneficiadas. Do valor total dos investimentos, 72% são do Banco Mundial (BIRD), 18% do Governo do Estado e 10% contrapartida das associações participantes. Os recursos vão permitir a implantação de subprojetos de vários tipos, entre eles, a construção de cisternas, barragens e sanitários, a mecanização agrícola, o beneficiamento de leite, café, mel e projetos de geração de emprego e renda. As obras serão realizadas pela Companhia de Desenvolvimento e A&! ccedil;ão Regional (CAR). Defensor dos interesses do homem do campo, Pinheiro destacou a importância dos recursos para a Bahia. "Esses recursos vieram para dar um incentivo maior para aqueles que moram no interior do estado e, em especial os que trabalham no campo. Através dessas verbas, será proporcionada uma maior qualidade aos nossos trabalhadores rurais", destacou.
Bahia lança Cartilha beneficiando agentes de saúde
A saúde da população baiana ganhou reforço co! m a entrega de 395 computadores, pelo Projeto de Inclusão Digital do Ministério da Saúde, aos conselhos municipais e estadual de Saúde da Bahia. O Projeto de Inclusão Digital tem como objetivo equipar e potencializar as ações dos conselhos municipais e estaduais de Saúde, promovendo o acesso à informática, internet e comunicação. Durante o evento, realizado na última segunda-feira (16), a Secretaria da Saúde (Sesab) lançou também a Cartilha de Desprecarização dos Vínculos e Seleção dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. A cartilha é um instrumento de orientação aos municípios sobre os direitos trabalhistas e previdenciários para esses agentes. O deputado Walter Pinheiro acompanha a luta dos agentes em todo o país e consi! dera um passo importante o lançamento da Cartilha. &ldq! uo;Esse material vai orientar cada prefeitura para se fazer cumprir o que determina a lei, garantindo que os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias possam ser contratados como funcionários dos quadros municipais", ressaltou Pinheiro.



Deputado Federal Walter Pinheiro (PT/BA)

COMITÊ

Salvador/BA:
Av. ACM - Ed. Empire Center, S/06 - 1º andar. CEP 40250-000
Tel. (71)3453-2087 Fax: (71) 3453-2616

Brasília/DF
Pça. dos Três Poderes, Anexo III/Gab. 274 - CEP 70160-900
Tel. (61) 3215-5274 Fax: (61) 3215-2274

quinta-feira, 19 de julho de 2007

COMÍCIO COM LULA EM PAULO AFONSO



Companheiros,
Esse comício foi em 1985 quando Alcides Modesto foi candidato a prefeito deP.A., nem funcionária da CHESF eu era. Na época, discursando comopresidente da Ala Jovem do PT... logo atras de mim estar meu pai e JorgeAlmeida, Lázaro ainda era o presidente do sindicato... o Lula com cigarrona boca..
Saudações,
Fátima Araújo

A AVIAÇÃO E O PROBLEMA REGULATÓRIO


LUIS NASSIF ONLINE
A aviação e o problema regulatório Na aba de ECONOMIA (clique aqui) a Coluna Econômica discute a questão da regulação no setor aéreo. No Fórum Online está sendo aberta uma discussão sobre o modelo aérea de regulação clique aqui), baseado em dois trabalhos. O primeiro, do especialista Alketa Pecci sobre o modelo americano. Nele, mostra que existe autonomia executiva das diversas agências envolvidas com transportes, mas jamais autonomia operacional. Todas elas são submetidas à coordenação do Departamento de Transportes. O segundo, do Major-Brigadeiro Washington Carlos de Campos, mostrando a disfuncionalidade e a justaposição das agências brasileiras, e propondo sua unificação sob o comando do Ministério da Defesa. Há a dúvida: unificam-se todas as atividades ligadas ao transporte aéreo. Mas a logística, hoje em dia, pressupõe a coordenaçãao integrada também com ferrovias, rodovias e hidrovias.
QUEM É LUIS NASSIFLuis Nassif foi introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no país. É comentarista econômico da TV Cultura, membro do Conselho do Instituto de Estudos Avançados da USP, do Conselho de Economia da FIESP e do Conselho da Escola Livre de Música Tom Jobim. Vencedor do Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se em 2003 e 2005, em eleição direta da categoria.

Eduardo Guimarães escreveu:
"Na doutrina de Aristóteles (384-322 a. C.), dialética representa "raciocínio lógico que, embora coerente em seu encadeamento interno, está fundamentado em idéias apenas prováveis, e por esta razão traz sempre em seu âmago a possibilidade de sofrer uma refutação". Dialética, portanto, é a palavra perfeita para definir o discurso da mídia sobre dois assuntos recentes e candentes: o das vaias a Lula no Maracanã e o da tragédia de ontem no aeroporto de Congonhas. A dialética dos pseudo "formadores de opinião" sobre os dois assuntos está amplamente fundamentada na mentira, elevando ao paroxismo o conceito aristotélico sobre dialética.
A mídia reproduz enxurradas de acusações de gente que não votou em Lula – e que, portanto, perdeu a eleição – como se fossem representativas do senso comum. Numa dessas acusações, afirma-se que Lula foi vaiado porque "destruiu a classe média", a mesma classe média que nestas férias de julho lotou os aeroportos para passar férias no exterior e que esvaziou as concessionárias de carros zero quilômetro, nas quais a espera por alguns modelos mais populares vem chegando a meses devido ao excesso de demanda. Mas que bela "destruição da classe média" a do governo Lula, não?
Sobre a tragédia com o avião da TAM, as primeiras manifestações dos tais "formadores de opinião" são no sentido de que têm motivos para afirmar que o que aconteceu ontem é continuação do que aconteceu no fim do ano passado com o vôo 1907 da Gol, que se chocou com um jatinho Legacy. Apesar de todas as investigações – da Polícia Federal e da CPI que a oposição e a mídia quiseram criar – terem apontado que a culpa pelo acidente foi dos americanos que pilotavam o jatinho, os simulacros de jornalista tentam mesclar dois assuntos que nada têm que ver um com o outro e atropelam opiniões de especialistas que dizem ser grande a possibilidade de falha humana ou mecânica no acidente de ontem, ou seja, de falha do piloto do avião ou do próprio avião.
A vítima da dialética da mentira, em tese, deveria ser a sociedade civil, que seria enganada por cabos eleitorais do PSDB e do PFL disfarçados de "jornalistas", que, por sua vez, ignoram tragédias como a do buraco do metrô em São Paulo, que não encontra explicação além de falta de fiscalização do governo Geraldo Alckmin sobre o consórcio de empreiteiras Via Amarela. Essa sonegação de informações sobre aquele desastre visa não comprometer os políticos "amigos" daqueles para os quais os cabos-eleitorais disfarçados de jornalistas trabalham. Contudo, apesar de esses cabos-eleitorais dizerem que um Maracanã lotado pela elite que cria filhos que espancam mulheres no meio da rua vale mais do que o resultado da eleição presidencial do ano passado e do que todas as pesquisas de opinião, o fato é que eles vêm fracassando miseravelmente em beneficiar eleitoralmente a oposição tucano-pefelista."

quarta-feira, 11 de julho de 2007

IMAGENS DA CHAPA 2












































ADMINISTRADOR INTIMIDA CHESFIANO - ALARME


20/09/2005 17:22
Para:
Assunto: Administrador intimida chesfiano por defender motoristas terceirizados da Regional Sul

Edição: 20 de setembro de 2005

Administrador intimida chesfiano por defender motoristas terceirizados da Regional Sul
O chesfiano Evandro Paiva, lotado no DRHS/Salvador, foi advertido verbalmente pelo administrador regional da Chesf de Pituaçu por defender trabalhadores terceirizados, contratados como motoristas daquela regional. A defesa foi feita pelo chesfiano no debate sobre a "Crise Política no Governo dos Trabalhadores", na sede do Sinergia, no dia 12 de setembro, na presença de parlamentares, dirigentes sindicais e eletricitários baianos.
Paiva criticou em sua fala, o contrato da Chesf com uma empresa locadora que tem como representante dos empregados o Sindicato de Transportes de Cargas Seca. Segundo o chesfiano, este contrato estaria prejudicando os terceirizados que hoje percebem um salário de apenas R$ 429,00, além do corte de outros benefícios, enquanto outros terceirizados na mesma função e da própria regional percebem acima de R$ 700,00 devido serem representados pelo Sindicato dos Rodoviários. Evandro apontou a injustiça para com estes trabalhadores, mas não pensava que tal motivo pudesse levar a maiores conseqüências, chegando a sofrer com uma advertência do administrador regional.
"Na minha explanação não havia nenhum interesse em macular a imagem da CHESF. Ao contrário visava preservar a imagem de nossa empresa que está sendo atingida por um contrato prejudicial aos motoristas. Quem permitiu um contrato como esse é quem é responsável pelo que atinge a imagem da CHESF", lamenta Paiva.
A direção do Sinergia desaprova a atitude do administrador da Chesf e não aceita que a manifestação de um trabalhador dentro da casa que o representa e lhe protege (o Sinergia) pudesse vir causar-lhe transtornos futuros. O sindicato é e sempre será a casa do trabalhador e, este, não pode se sentir inseguro para emitir sua opinião.
Lamentavelmente fatos como este acontecem em pleno governo eleito pelos trabalhadores, demonstrando claramente por parte de alguns gestores uma postura retrograda e que não tem mais espaço na visão gerencial moderna.
Com certeza, os novos gestores não deveriam se prevalecer mais de métodos provincianos, para amordaçar os trabalhadores que pensam e querem emitir opiniões que tem como objetivo principal o bem-estar no ambiente de trabalho, ou seja, no processo que se encontram inseridos.
Estão equivocados os que buscam melhorar o "Clima Organizacional" na Chesf com transferências, ameaças e advertências, a exemplo da sofrida pelo companheiro Evandro.
O sindicato tem informações que advertência sofrida por Paiva, se deu na presença de dois assessores do administrador da Regional de Pituaçu, que preferimos não divulgar os nomes.
Sinergia Bahia, 20.09.2005

MANIFESTO DE APOIO

Salvador, 22 de março de 2004.


MANIFESTO DE APOIO



Caros companheiros Petistas

Nós militantes de base, trabalhadores da Chesf e Coelba, Associação dos Moradores da Vila Rui Barbosa, sindicalistas (Nilton Correia Diretor de Base do SINERGIA, Mario Augusto Néri Delegado Sindical SINERGIA), vimos através deste documento, ratificar o nosso apoio ao nome do colega Ozemar Dourado á indicação na convenção do PT para uma vaga de candidato a VEREADOR da Cidade de Salvador nas eleições de 2004 como representante legítimo do setor elétrico e de associações de bairros, conforme vários e-mails, telefonemas, manifestos de apoio e solidariedade que o mesmo tem recebido. Desta forma, estamos encaminhando nosso pleito para analise e apoio dos companheiros deputados e militantes petistas para que possamos com está indicação fortalecer a candidatura do Deputado Nelson Pellegrino a Prefeito de Salvador.


Atenciosamente.

Núcleo de Apoio a pré candidatura de Ozemar

AGRESSOR DE JORNALISTA FICA IMPUNE


Josemar, Diretor do Sinergia agrediu moralmente (com xingamentos), tentou agredir fisicamente e perseguiu o jornalista do sindicato no seu veículo tentando tirar satisfações por causa fútil: o jornalista procurou informações de Josemar sobre uma matéria que deveria ser veiculada no Alarme (conforme correspondência do mesmo ao sindicato pedindo providencias).
Bem Companheiros, por muito menos o Paulo de Tarso e sua equipe expulsou Dermeval da diretoria e porque tentamos criar um sindicato de classe ele e sua turma armaram uma farsa em um congresso e impuseram uma suspensão ao meu mandato de Diretor da Plena, estou relatando isso para que fiquemos vigilantes quanto a atitude do Sinergia para este fato deplorável e que poderá trazer prejuízos financeiros para nossa entidade caso o jornalista venha a processar josemar e o Sinergia por assedio moral, tentativa de agressão e outros, pois parte da ocorrência foi nas dependências do sindicato na frente de várias testemunhas: Raimundo Dantas - Coordenador, Eduardo Bonfim - Assessor e de um outro emprego.
Enfim, vamos aguardar se haverá tentativa de abafa e acomoda penalizando o agredido e o sindicato. O jornalista fez denuncia na CUT, na entidade de classe e vai dar queixa na delegacia.
Nilton Correia

O MUNDO PELO AVESSO - EMIR SADER

Companheiros, assim somos vistos e tratados por esta oposição. Imaginem as consequencias para o Brasil e principalmente para os trabalhadores a volta desta burguesia ao poder!
O MUNDO PELO AVESSO
EMIR SADER
28/8/2005
O ódio de classe da burguesia brasileira
"A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos", disse o senador Jorge Bornhausen (PFL). Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - é usual referir-se ao povo dessa maneira - são "negros", "pobres", "sujos", "brutos".
"A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos" (Jorge Bornhausen, senador racista e banqueiro do PFL)
O senador Jorge Bornhausen é das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira. Banqueiro, direitista, adepto das ditaduras militares, do governo Collor, do governo FHC, do governo Bush, revela agora todo o seu racismo e seu ódio ao povo brasileiro com essa frase, que saiu do fundo da sua alma – recheada de lucros bancários e ressentimentos.
Repulsivo, não por ser loiro, proveniente de uma região do Brasil em que setores das classes dominantes se consideram de uma raça superior, mas por ser racista e odiar o povo brasileiro. Ele toma o embate atual como um embate contra o povo – que ele significativamente trata de "raça".
Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio – de fascistas e banqueiros – sabe-se que é usual referir-se ao povo dessa maneira – são "negros", "pobres", "sujos", "brutos", - em suma, desprezíveis para essa casa grande da política brasileira que é a direita – pefelista e tucana -, que se lambuza com a crise atual, quer derrotar a esquerda por 30 anos, sob o apodo de "essa raça".
É com eles que anda a "elite paulista", ultra-sensível com o processo de sonegação contra a Daslu, mas que certamente não dirigirá uma palavra de condenação a seu aliado estratégico (da mesma forma que a grande mídia privada). São os amigos de FHC e de seus convivas dos Jardins, aliados do que de mais atrasado existe no Brasil, ferrenhamente unidos contra a esquerda e o povo.
Mas não se engane, senhor Bornhausen, banqueiro e racista, muito antes do que sua mente suja imagina, a esquerda, o movimento popular, o povo estarão nas ruas, lutarão de novo por uma hegemonia democrática, anti-racista, popular, no Brasil. Muito antes de sua desaparição definitiva da vida pública brasileira, banido pelo opróbio, pela conivência com a miséria do país mais injusto do mundo, enquanto seus bancos conseguem os mairores lucros especulativos do mundo, sua gente será defintivametente derrotada e colocada no lugar que merece – a famosa "lata de lixo da história".
Não, senhor Bornhausen, nosso ódio a pessoas abjetas como a sua, não os deixará livre de novo para governar o Brasil como sempre fizeram – roubando, explorando, assassinando trabalhadores. O seu sistema, o sistema capitalista, se encarrega de reproduzir cotidianamente os que se opõem a ele, pelo que representa de opressão, de expoliação, de desemprego, de miséria, de discriminação – em suma, de "Jorges Bornhausens".
Saiba que o mesmo ódio que devota ao povo brasileiro e à esquerda, a esquerda e o povo brasileiro devotam à sua pessoa – mesquinha, desprezível, racista. Ele nos fortalece na luta contra sua classe e seus lucros escorchantes e especulativos, na luta por um mundo em que o que conte seja a dignidade e a humanidade das pessoas e não a "raça" e a conta bancária. Obrigado por realimentar no povo e na esquerda o ódio à burguesia.

CARTA ABERTA AO GOVERNADOR JACQUES WAGNER


BRASIL SOCIALISTA
Corrente interna do Partido dos Trabalhadores (PT)
Segunda-feira, 9 de Julho de 2007
Carta Aberta ao Governador Jacques Wagner
6 meses de governo, um balanço necessário

"Os bajuladores são péssimos conselheiros" Santo Agostinho
Caro companheiro, Governador Jacques Wagner,
Apresentamos este documento, o primeiro de avaliação do Governo, para reafirmar algumas questões fundamentais, mas também para analisar criticamente o seu, o nosso Governo.
O nosso Governo é a expressão política daquilo de mais avançado que a classe conseguiu construir em nossa triste e quão dessemelhante Bahia. Não precisamos nos alongar em explicações sobre o que isso significa; você sabe mais que qualquer um de nós. Este é o Governo que a classe escolheu para derrotar a oligarquia dominante e para levar a luta de transformação social na Bahia para um patamar superior, portanto os lutadores sociais, que durante décadas sofreram todo tipo de perseguição (política, econômica, social, policial etc.), não podem nem devem vacilar na defesa do nosso governo, não podem nem devem sucumbir ao canto de sereia da velha e carcomida direita, ou ao infantilismo esquerdista do PSOL e assemelhados.
Este governo é nosso, esta foi a escolha da classe, esta é nossa escolha.
Os comunistas e revolucionários dos séculos XIX e XX nos legaram importantes instrumentos de análise e compreensão da realidade, o balanço político é um deles, e nos permite analisar criticamente um processo, revisando os equívocos, retomando o foco, corrigindo a trajetória sempre que necessário. Mais necessário ainda é o balanço político quando nos encontramos em processo de crise e, Governador, nosso Governo esta em crise. Este balanço tem a pretensão de ajudar, por menor que seja esta contribuição, na superação da crise.
Em três campos a crise do nosso governo se expressa:
a) No campo Simbólico
1- Nosso governo não possui uma marca, a Bahia de Todos Nós é na realidade a Bahia de Ninguém, pois para os pobres, os estudantes, os trabalhadores, enfim para a população, este slogan não tem significado concreto algum. Um governo que não tem marca, não tem cara, logo, não cria empatia e cumplicidade com a população.
2- Existe um sentimento vago na população e na militância de esquerda, inclusive e especialmente no PT, de que as coisas não estão andando, que o Governo não deslancha, que falta ação. Este sentimento é um problema político, mesmo que se baseie numa premissa não totalmente correta.
3- Setores sociais e do funcionalismo já apresentam um considerável grau de desilusão com o nosso Governo, pois não conseguem ver as mudanças na prática, nem sentir que estamos rumando para elas. A preservação de carlistas empedernidos (aqui não falamos de meros funcionários que serviram ao governo anterior, mas pessoas ligadas política e ideologicamente ao carlismo e suas práticas autoritárias, patrimonialistas e corruptas) em cargos de confiança e o enxame de "ex-carlistas" apadrinhados pelo PMDB e pelos "neogovernistas" que povoam esta seara, reforçam a sensação de mesmice e pior reforçam a sensação de que as pessoas foram enganadas. Governador, política é antes de tudo símbolo.
b) No campo Político
O desfile de 2 de Julho foi o retrato 3x4 da crise que vive o nosso Governo. Não nos referimos ás vaias e manifestações contra o Governo e o Governador, nem ao desgaste daí resultante, isto faz parte da vida e da política. Governar significa muitas vezes confrontar interesses legítimos da nossa própria base social. A greve dos professores e as manifestações contra o Governo foram legítimas e as ações do Governo no enfrentamento da greve, afora algumas derrapadas verbais, ficaram dentro dos limites aceitáveis. Até as pedras da rua sabiam que vaias e manifestações hostis seriam a tônica do desfile, portanto cabia ao Governo articular as suas forças para estabelecer um mínimo de contra-tendência.
Obviamente não estamos falando de imitar o carlismo contratando claques para aplaudir, mas no mínimo convocar todos os Secretários, Cargos do 2º e 3º escalões, Deputados Estaduais e Federais da base para acompanhar o Governador, articular a militância dos partidos da base e especialmente do PT, enfim exigir solidariedade dos parceiros, ou dos que aproveitam os bônus do Governo. Não foi isso que vimos no 2 de Julho. Sequer sabemos se isso foi tentado, em relação ao PT sabemos que nada foi articulado ou mobilizado.
O que vimos no 2 de Julho foi a ausência da maioria dos Secretários e Cargos de confiança, o Prefeito João Henrique, desgoverno no qual não deveríamos sequer ter embarcado, fugindo do Governador como o diabo foge da cruz, Geddel sequer apareceu (que beleza de aliado!!!), pouquíssimos deputados Estaduais e Federais da base acompanhando (não contamos aqueles que por puro oportunismo cumprimentaram o Governador e rapidamente sumiram para evitar a contaminação pelas vaias) e para espanto e desconforto nosso, estavam presentes apenas 3 Deputados Estaduais do PT, duma bancada de 10 deputados e a militância do PT completamente na defensiva. Resumo da ópera: um governador acuado, uma situação muito ruim para tão pouco tempo de governo. Um desastre político. Junte-se a isso a presença do ex-governador Paulo Souto secundado por um enorme séqüito de policiais como nos tempos do mando carlista (aqui não falamos de policiais designados para proteger um ex-governador, que é algo aceitável, mas um aparato para demonstração pública de poder). Mais uma vez fica demonstrado o erro crasso do Governo, que manteve e até fortaleceu o esquema carlista na polícia, especialmente na PM, onde o Comandante da tropa (um carlista) foi mantido e o chefe da Casa Militar do novo Governo era o responsável até o ano passado pela espionagem e perseguição contra os movimentos sociais e desafetos políticos do carlismo.
O 2 de Julho foi apenas um sintoma da crise do Governo. A articulação política na Assembléia Legislativa é frágil, a bancada aliada e a do PT, estão sempre na defensiva. A tarefa de defender o governo contra um grupo que sucateou a Bahia e cometeu crimes e desmandos incontáveis, deveria ser das mais fáceis. A prática não comprova isto. A base aliada tem que ser aliada para o Bônus (cargos e participação no poder) e para o Ônus (defender e ser fiel ao governo, mesmo em momentos de dificuldades). Isto não acontece.
Na relação do Governo com os deputados do PT, gostaríamos de abrir um debate.
O varejo faz parte da política e da vida, não somos ingênuos de desprezar o papel dos interesses políticos e materiais de pessoas e grupos no dia-a-dia da política. No entanto, eles têm que vir casados com grandes sentimentos que animam as pessoas a transformar o mundo, a sensação de fazer parte de um processo de mudanças concretas na vida do povo, o sentimento de responsabilidade histórica com o povo explorado e oprimido, da busca da justiça, da fraternidade, da igualdade, enfim, o varejo não pode se deslocar da Utopia, sob pena da política se transmutar em cretinismo eleitoral, personalismo e troca de favores mesquinhos. Não se superam grandes desafios com visão mesquinha.
O Governo é pouco cúmplice com a Bancada, em compensação a Bancada defende apenas burocraticamente o Governo. Esta é uma equação de soma negativa, todo mundo perde.
Além de tudo, as coisas importantes que o Governo esta fazendo (a regionalização das compras da merenda escolar com prioridade para os pequenos agricultores e assentados da reforma agrária, as ações no campo da inclusão digital, a implantação efetiva da Ouvidoria, a reabertura da Bahiafarma, só para citar algumas), são quase que completamente desconhecidas pela maioria da população.
Sem dúvida, parte deste problema se deve ao comportamento acanhado da área de Comunicação do governo preocupada apenas com os dispêndios administrativos, mas pouco funcional no processo de construção de interpretação da realidade e produção de opinião positiva, o que emperra a integração entre a ação do governo, a ação legislativa e o apoio dos movimentos sociais. Até então está restrita á produção de conteúdo interno, sem capacidade de difusão das idéias e realizações do governo. É urgentemente necessário que a área de comunicação do governo estruture um sistema de produção de informação privilegiada para a bancada e a militância, em sintonia com uma pauta afinada (executivo-legislativo), sem contar a necessária coesão entre todos os departamentos de informação da estrutura governamental. Cada assessoria de comunicação (das secretarias e autarquias) deve necessariamente, produzir conteúdo programático das suas ações e dificuldades. É preciso construir uma agenda positiva capaz de reverter uma celeuma midiática na qual o governo se meteu. Ainda que estejamos diante de um governo de coalizão, não é possível mover um Estado simultaneamente se as secretarias e autarquias agem como se fossem ilhas isoladas do continente.
c) Nos Serviços Públicos
Vamos nos concentrar em três áreas que consideramos como potencialmente explosivas, a saber:
1- SEGURANÇA PÚBLICA
A situação da Segurança Pública na Bahia apresenta elementos que apontam para uma crise profunda e o descontrole. O Secretário de Segurança esta sob suspeita de graves irregularidades, portanto perdeu, em nossa opinião, a ascendência moral sobre seus subordinados para fazer uma limpeza e reestruturação no aparelho policial apodrecido do estado. A Polícia Civil é um antro de banditismo e os Delegados ensaiam greves e manifestações, que tem um cheiro de operação "armada" para deixar o governo sob pressão (Não há duvidas quanto aos péssimos salários dos policiais em geral e dos delegados em especial, no entanto, a paciência com o novo Governo é infinitamente menor que com o Governo anterior, especialmente por parte dos Delegados Especiais). A Policia Militar é um aparelho carlista que continua com as mesmas práticas e métodos. A tropa da PM, que viu o nosso governo com grandes esperanças, esta profundamente decepcionada com a continuidade das perseguições e desmandos dos coronéis e já começa um boicote espontâneo, o corpo mole, nas ações no atendimento das ocorrências. A sensação de insegurança aumentou com as fugas de delegacias (será por coincidência. Não acreditamos em coincidências), o aumento dos casos de chacinas com a ampliação da ação dos grupos de extermínio e a pouca operacionalidade no combate aos crimes em geral.Estamos assistindo a um processo que tem contornos de uma grande operação de sabotagem, com forte repercussão midiática.Não propomos saídas pirotécnicas para um problema tão grave e complexo como o da Segurança Pública, no entanto, até aqui o governo não governa a área de Segurança Pública, ao contrário é governado por ela. Se política é símbolo, na Segurança Pública mais ainda. Nosso símbolo na Segurança Pública hoje é o de um governo refém de um aparelho policial carcomido e incapaz.
2- PRESIDIOS
A situação dos presídios e da área de direitos humanos no geral se caracteriza pelos belos discursos e intenções e a mais completa inação. Se algo esta sendo feito, ninguém da população sabe. Os presídios estão prestes a explodir, e pelo menos publicamente não se sabem quais são os encaminhamentos práticos, as ações concretas para estancar emergencialmente os problemas mais graves, até que políticas estruturantes comecem a dar frutos. Rebelião, mortos e feridos é um desastre humanitário para nosso governo, mas também um desastre político.
3- EDUCAÇÃO
A área de Educação já demonstrou o potencial explosivo que tem. Anos de sucateamento e persistente destruição da capacidade do aparelho educacional do estado, criaram o monstro que aí está. O equacionamento deste imenso problema levará tempo, mas nós temos que apontar o caminho de uma escola pública de qualidade e cujo foco seja os estudantes. Consideramos que a Secretaria de Educação tem tido um papel tímido em animar, propor e liderar este processo, assim como teve uma nota abaixo da média no episódio da greve, seja na busca de alternativas, seja na defesa das propostas e posições do governo. Muitas direções escolares e outros cargos continuam nas mãos de carlistas que fazem tudo para sabotar o novo Governo e falta ofensividade para demonstrar para a população que queremos realmente transformar a Educação na Bahia.
Este é o nosso governo e reafirmamos que ele é a expressão política mais avançada que a classe conseguiu construir na Bahia. Mas defender o governo significa fazer criticas duras por vezes. Todas as questões que ponderamos podem ser equacionadas se retomarmos a iniciativa política e demonstrarmos para o povo da Bahia que é necessário transformar este estado e que nos temos a competência e a vontade política para tal.
Saudações petistas e revolucionárias
COLETIVO BRASIL SOCIALISTA- corrente interna do PT
Documento para debate interno ao Partido dos Trabalhadores